Se você está pensando em começar terapia, talvez tenha se perguntado:
O que acontece na primeira sessão?
Será que eu preciso contar tudo de uma vez?
Preciso ter clareza sobre o que eu quero trabalhar?
Essas dúvidas são comuns — e totalmente compreensíveis. Iniciar um processo terapêutico pode gerar ansiedade, justamente por ser algo novo. Mas a primeira sessão tem um papel muito importante: acolher, escutar e construir o início de uma relação terapêutica com segurança e respeito.
A primeira sessão de psicoterapia é um encontro inicial entre o(a) psicólogo(a) e o(a) paciente. É o momento de se conhecerem, entender o que traz a pessoa até a terapia e começar a construir o vínculo terapêutico.
Não é uma entrevista fria nem um interrogatório. Também não é necessário “falar tudo” ou ter respostas prontas. O foco é abrir espaço para a escuta, compreender a demanda e alinhar expectativas.
Cada profissional tem seu estilo, mas de forma geral, na primeira sessão se conversa sobre:
Motivos que levaram à busca por terapia
Histórico emocional e de vida (na medida em que for confortável)
Dificuldades atuais e objetivos com o processo terapêutico
Como funciona a abordagem terapêutica utilizada
Duração das sessões, frequência, valores e formas de pagamento
Dúvidas e expectativas do(a) paciente em relação à terapia
Esse encontro também é um momento importante para que o(a) paciente perceba se se sente à vontade com o profissional. A relação terapêutica é construída com base na confiança e, como toda relação, pode levar tempo para se fortalecer.
Não. Você pode simplesmente dizer: “Não sei bem por onde começar”, e tudo bem. O papel do(a) terapeuta é justamente te ajudar a encontrar esse ponto de partida.
A terapia não exige “saber explicar” o que se sente. Muitas vezes, o próprio processo ajuda a nomear, entender e organizar o que está confuso.
Você pode. E muita gente chora. Porque estar ali, se abrindo, já é um passo imenso. A sessão é um espaço seguro para sentir — sem julgamentos, sem pressa e com escuta acolhedora.
Não necessariamente. Em abordagens como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), pode haver uma investigação inicial dos sintomas e funcionamento emocional, mas sempre com o cuidado de entender a pessoa em sua totalidade, e não apenas a partir de um rótulo.
A ideia não é “fechar um diagnóstico” logo de cara, mas sim compreender o que está causando sofrimento e como trabalhar com isso ao longo do processo.
A primeira sessão de terapia é o primeiro passo de um caminho de cuidado com você. Não precisa ser perfeita, nem resolutiva. Ela é o início de uma jornada de escuta, reflexão e transformação.
Se você está pensando em começar, saiba que você não precisa estar pronto(a) — só precisa estar disponível para se cuidar.
E, se sentir que precisa, a terapia pode te ajudar a fazer sentido do que está difícil de carregar sozinho(a).
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