Você já fez planos super organizados para mudar algum comportamento — começar a estudar, fazer exercícios físicos, dormir mais cedo — e mesmo assim, quando chega a hora, não consegue começar?
Essa frustração é muito comum. A gente imagina as recompensas, se sente super motivado(a) no planejamento, pensa em todos os detalhes. Mas, no momento da ação, algo trava. Parece que a energia desaparece, e a vontade dá lugar à inércia.
A ideia de que basta “ter força de vontade” é muito romantizada. Na realidade, a motivação flutua — ela depende de múltiplos fatores internos e externos. Por isso, confiar apenas nela pode ser um convite ao fracasso.
Na psicologia comportamental, entendemos que para um comportamento acontecer, precisamos mais do que desejo. Precisamos modular o ambiente, ou seja, preparar estímulos que ajudem o corpo e a mente a se organizarem para a ação.
Vamos pensar num exemplo prático: você está no sofá, vendo uma série, e pensa que deveria ir à academia. Você quer, sabe que é importante, mas está confortável. O cérebro já está relaxando. Ir malhar parece um esforço gigantesco.
Agora pense: o que poderia facilitar esse início?
Essas pequenas ações preparam o corpo fisiologicamente e psicologicamente para entrar no ritmo da atividade. É como aquecer antes de correr: o comportamento se torna mais provável.
O grande desafio está justamente aqui: transformar a intenção em comportamento real. E pra isso, precisamos reduzir ao máximo os obstáculos e facilitar os caminhos que levam à ação.
Não se trata de má vontade ou preguiça. Muitas vezes, o ambiente não está favorecendo. E isso serve para qualquer área da vida: estudar, meditar, se alimentar melhor, iniciar um novo hábito.
O problema não é você. O problema, muitas vezes, é que o contexto não está ajudando. Quando ajustamos o ambiente, o corpo começa a se alinhar com a ação. E isso tira a sobrecarga da motivação e coloca mais estrutura na rotina.
Se você tem se sentido travado(a) mesmo com os melhores planos, talvez não seja uma questão de força de vontade, mas de criar condições reais para agir. A boa notícia é que isso se aprende — e pode começar com um passo bem pequeno.
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